terça-feira, 12 de agosto de 2008

A BARRA


A "barra" era uma construção primitiva neste espaço rural, meio escavada na rocha, onde os agricultores recolhiam animais – ovelhas, até antes de adquirirmos a titularidade. A cerca de dois metros do chão havia umas traves para suporte de um rudimentar soalho de tábuas pousadas e pregadas com escassos pregos. Era aqui que se guardava a palha para pensar o gado, a qual servia também de isolamento térmico para menor desconforto dos mesmos, nos meses frios de Inverno.
Por quê a designação "barra"? Terá havido, atravessada nas paredes, alguma barra (trave de madeira) onde tradicionalmente se penduravam as résteas de cebolas, cordas, canistréis de vindima pelos ganchos...?

Numa primeira fase, há já uns anitos, fizemos obras de nivelamento e aprumação da parte escavada e solidificação das paredes feitas em pedra miúda sem cimento e ameaçando ruína. Colocámos um bom soalho e portas.

Na parte de baixo ficou a adega, com cubas de aço inox, 2 de 1000 litros cada, uma de 500, outra de 250 e mais duas de 650, estas de tampo deslizante, para o vinho de consumo. Também se colocou uma garrafeira para cerca de 250 garrafas. O espaço, que não é grande, teve de ser bem aproveitado. Em outra ocasião falarei da minha faceta de vitivinicultor.
A parte de cima foi aproveitada para armazém de colmeias (também irei falar das abelhas que já criei e me ofereceram muito mel … eu é que as roubei…), móveis herdados e esperando restauro etc.

Pois…
AGORA vamos destinar este mesmo espaço, porém mais crescido em altura e com ligação interior, a uma nova funcionalidade. O Zé, há muito tempo pretende ter o seu local próprio de dar largas à criatividade, sem interferências. Aí vai instalar a sua Oficina, prioritariamente voltada à Cerâmica.



Obras à vista

J R